terça-feira, 29 de novembro de 2011

Áfricas em Recife, Áfricas em Dvd... A cena tá preta!!!

Por Auristela Sá

 Já estamos no final do ano e o Bando está no corre e corre para completar as tarefas do ano.

O nosso novembro foi bem agitado!!!!

Depois de findar o nosso outubro de maneira calorosa com o nosso Bença nas apresentações do FIAC, gravamos o nosso dvd do espetáculo Áfricas dentro do projeto "Outras Áfricas" foram 3 dias de gravação intensa com a direção de Fábio Espírito Santo - que veio do Rio só para isso - e direção de fotografia de Hamilton Lima. Chica acompanhava tudo de perto, assim como Zebrinha e Jarbas que cuidará de toda a parte musical do dvd. Ah! também Érico Brás interrompeu as gravações do seu Tapas e Beijos para interpretar o "seu Abdul".

foto Márcio Lima
em destaque: Arlete Dias e Érico Brás

Mal saimos da gravação e embarcamos para Recife no dia 17/11. Convite para participar do Festival de teatro de lá que está na sua 14ª edição e é todo patrocinado pela prefeitura. Isso deveria ser uma coisa natural não é mesmo?! Mas eu pasmei e também alguns colegas meus,. Que maravilha um Festival assim!!

Bom, estava só começando, não deu para assistir muitos espetáculos. Assistimos uma releitura de Romeu e Julieta de William Shakespeare de um grupo do interior do Ceará, de teatro de rua muito bom. Lembrei muito da Outra Companhia de teatro.

Quanto a nossa apresentação é sempre bom apresentar para outros públicos.
É sempre uma surpresa!!!!

Abaixo um e-mail de Valmir Santos, comentando a nossa breve estadia em Recife

"Estimada Chica e amigos do Bando de Teatro Olodum, saudações teatrais.

Sou imensamente grato a vocês pela brava participação em nosso Festival Recife do Teatro Nacional.
Foi um privilégio acolher a arte e a gana dessa trupe, plasmando consistência de mundo e de linguagem por todos os poros.
Grato pela disponibilidade incondicional de todos e por colaborarem em nosso intento de "sensibilização" do público, dos artistas, dos funcionários e dos gestores locais para com a cultura de teatro.
Foi comovente.
Descupem-nos por equívocos como o de não facilitar o trânsito do Bando por outros espetáculos na programação, o que será ponderado na avaliação final.
Um sincero e forte abraço em cada um de vocês, em especial em mestre Zebrinha pelo ruído na mesa do café que nos fez (re)conhecer um ao outro.
Evoé!"

Valmir Santos
curador, jornalista
XIV Festival Recife do Teatro Nacional
 
Sobre as palestras do A cena tá preta foram valiosas as mesas. É sempre produtivo nos juntarmos para discutir, ouvir,  ouvir sobre o que deu certo e o que não deu nos grupos. Quais as estratégias de sobrevivência... ouvir a platéia. O discursso sempre contundentede Ângelo Flávio, a experiência de Fernanda Júlia até aqui e a simpatia e afirmação de Roberta Rodrigues - a única convidada de fora do estado. Ela faz parte do grupo Nós do Morro, do vidigal no Rio de Janeiro, além de atuar em novelas, filmes e ser cantora da banda Melanina Carioca.
 
Márcio Meirelles fazendo abertura da 1ª mesa do A cena tá preta
 
Sobre as políticas públicas para o teatro negro foi mais difícil ainda nos juntarmos. Achei que seria mais fácil.
Várias palavras, que foram ouvidas, sambam na minha mente esperando a música ideal, mas ela não existe: "leis, sintomas, acesso, movimento negro, editais, incentivos, caminhada, juntar fazer, cara, coragem, festivais, decepcionado, ministério, Funceb, Palmares, Bando, Bando, Bando..."
 
Vamo que vamo!!!!

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