Terreiro Seja Hundê (Roça dos Venturas), em Cachoeira. Foto: André Santana
Com “Bença”, Bando de Teatro Olodum promove encontro de guardiãs da religiosidade afro-brasileira no Teatro Vila Velha
A nova temporada do espetáculo BENÇA (em cartaz no Teatro Vila Velha, sempre às sextas e sábados, 20h, e domingos, 17h, até 29 de maio) proporcionará o encontro de importantes mantenedores da cultura e religiosidade afro-brasileiras, vindos de cidades de forte presença da herança africana. É que o Bando de Teatro Olodum resolveu retribuir a acolhida que recebeu de religiosos do Candomblé, de cidades como São Luís do Maranhão, Ilhéus e Feira de Santana, durante o processo de montagem. A peça celebra os 20 anos do grupo e homenageia o conhecimento dos mais velhos, valorizando a memória cultural negra. O espetáculo instalação alia a performance de 17 atores e dois músicos a depoimentos em vídeo dos músicos Bule-Bule e Cacau do Pandeiro e as religiosas Dona Denir, Ebomi Cici, Makota Valdina e Mãe Hilza, figuras emblemáticas e guardiãs dessa cultura.
No próximo domingo, dia 15 de maio, haverá uma sessão especial, às 17h, que contará com a presença de religiosos do Candomblé da nação Jeje Mahin da Bahia e do Maranhão. A cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, será representada pela comunidade religiosa do Seja Hundê ou Roça dos Venturas, um dos mais antigos terreiros do Brasil. De Salvador, foi convidada a comunidade do Terreiro do Bogum, localizado no Engenho Velho de Federação, bairro que concentra grande número de templos voltados ao culto aos deuses africanos.
A religiosidade negra do Maranhão será representada por Aluziomar dos Santos Silva, da Casa das Minas, terreiro tombado pelo IPHAN, cuja origem data do século XVIII, fundado por africanos vindos do Reino do Daomé, atual Republica do Benin. Outras tradições religiosas do Maranhão estarão presentes em Salvador, representadas por: pai Euclides do Terreiro Fanti Ashanti, Maria Sete Flexas do Terreiro Terekô, além de Carlos Benedito, professor e sociólogo da Universidade Federal do Maranhão/UFMA.
BENÇA, com concepção e encenação de Márcio Meirelles, tem o patrocínio da Petrobras, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e recebeu o Prêmio Braskem de Teatro pela Coreografia criada por Zebrinha. Com linguagem contemporânea e não linear, a peça, ao falar dos mais velhos, trata a passagem do tempo como algo construtivo e enriquecedor. Não um tempo cronológico que simplesmente passa, mas o tempo das coisas. O Bando homenageia sua própria história de duas décadas no cenário teatral baiano, mas também presta reverencia aos atores negros que o antecederam e os antepassados que preservaram a cultura e a religião diante de tanto preconceito e exclusão.
Convidados - A temporada ainda contará com a presença da comunidade do Matamba Tambenci Neto, de Ilhéus, de afoxés do município de Feira de Santana e de religiosos de vários terreiros de Salvador, incluindo as casas dedicadas ao culto dos baba eguns, deuses ancestrais africanos, além de associações que lidam com a velhice. Pensando nestes convidados especiais, o Bando apresentará BENÇA mais cedo aos domingos: às 17h, facilitando o deslocamento dos mais velhos.
Saiba mais: http://migre.me/4sBX3
SERVIÇO
BENÇA
Sextas e sábados, 20h / domingos, 17h ATÉ 29 DE MAIO
Os ingressos custam R$40 inteira e R$20 meia todos os dias.
Promoção
Os 50 primeiros ingressos, de cada sessão, serão disponibilizados a R$ 15 (preço único). Até 24h antes de cada espetáculo.
Instituições e escolas terão descontos na compra acima de 20 ingressos. Cada ingresso ficará no valor de R$ 15 (preço único).
Tel: 71. 3083-4607
E-mail: bando2@gmail.com
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