
Informação e emoção marcaram a primeira noite do Seminário Respeito aos Mais Velhos, na noite de terça-feira no Teatro Vila Velha. A Diretora do Departamento do Patrimônio Imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Márcia Sant´Anna, fez uma importante retrospectiva do conceito de patrimônio cultural imaterial no Brasil, explicando o papel do Estado e da sociedade na preservação do patrimônio existente. "Patrimônio imaterial é todo aquele cujo suporte é o ser humano, seja expresso no conhecimento, no corpo, no gesto, na fala... E como preservamos isso? Transmitindo, basicamente, esse saber para as novas gerações, dando condições materiais, ambientais e sociais para que esse patrimônio seja respeitado e admirado por comunidades para além daquelas que o praticam", explicou.
Em seguida, Rita Santos, presidente da Associação das Baianas de Acarajé, Receptivo, Mingau e Similares (ABAM), ressaltou como foi importante a luta pelo reconhecimento, em 2005, da baiana como patrimônio cultural imaterial brasileiro. "Nós fazemos um trabalho de conscientização do que é ser patrimônio com as baianas. Fomos as primeiras mulheres a ser consideradas patrimônio brasileiro. Salvador tem que se orgulhar disso porque tudo começou aqui", disse. Rita também questionou, na ocasião, o poder público por não fiscalizar pessoas que vendem acarajé descaracterizadas, uma vez que o município conta com normas específicas para se exercer o ofício.

A primeira noite do seminário foi finalizada com um debate com os participantes. A participação da plateia foi intensa, aproveitando ao máximo o conhecimento dos convidados.
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