quinta-feira, 12 de junho de 2014

Mostra da II Oficina de Performance Negra lota Vila Velha




Casa cheia, emoção e admiração da platéia  marcaram a apresentação da 2ª fase da Oficina de Performance Negra, realizada pelo Bando de Teatro Olodum. A sala principal do teatro Vila Velha recebeu, ontem (quarta-feira, 11),  um público que vibrou com a apresentação dos 36 alunos que demonstraram, em quatro quadros de 25 minutos, o resultado das  lições de interpretação, canto, dança, dentre outras, que têm recebido.  O projeto é apoiado pela  Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) por meio do Edital Setorial de Teatro.
A oficina também tem o objetivo de oferecer aprimoramento para os atores que formam o Bando, pois durante o projeto eles atuam na direção dos quadros.  A ação terá sua última fase em setembro, quando os participantes vão encenar um dos espetáculos do repertório da companhia.
Aplausos
A mostra foi aberta com um quadro sobre a força da ancestralidade feminina dirigido por Arlete Dias e Rejane Maria. Em cena os participantes da oficina mostraram as lutas de ontem e de hoje das mulheres negras e as redes da solidariedade familiar que as reforçam.
Em seguida foi a vez da  poesia  tomar conta do palco no quadro dirigido por Cell Dantas e Ednaldo Muniz para discutir o racismo e suas consequências sob várias perspectivas. Violência, desigualdades e a importância dos movimentos sociais foram alguns dos  temas apresentados.
O grupo dirigido por  Leno Sacaramento e Merry Batista exibiu a violência e a sua disseminação por meio da mídia, principalmente, da TV. Em uma mescla de linguagens que, inclusive, utilizou a força cênica do silêncio, o quadro contou com a participação especial do poeta Nelson Macca.
O último quadro trouxe a leveza e a poesia do cordel como trunfo. O público foi ao delírio com a encenação do cotidiano de uma feira dirigida por Geremias Mendes e Sérgio Laurentino.
Essa segunda fase foi coordenada por  Valdineia Soriano e Ednaldo Muniz,  que atua como assistente de produção. A supervisão geral é de Márcio Meirelles, com direção musical de Jarbas Bittencourt e coreografia de Zebrinha. Nesse último módulo, os alunos também tiveram aulas de iluminação ministradas por Rivaldo Rio.        

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