sábado, 30 de março de 2013

Os nossos vivos em espírito


Deitei-me ontem, domingo,à tardinha pra tirar um cochilo e peguei no sono. Acordei pensando no compromisso assumido de escrever um texto para o Bando. Levantei-me e deparei com janela aberta, porta encostada, computador ligado e olhando as horas, já era inicio da madrugada de segunda feira. Sentei-me diante do computador e fiquei pensando...
E a mim chegarampensamentos:vida – morte; morte – vida.
O querer a presença física de alguém, a necessidade de visualizar o existir físico de pessoas queridas é algo constante nessa nossa vida passageira e como nós nos apegamos a ela... E nesse apego alguns apenas passam pela vida nesse nosso plano físico; outros vivem intensamente e buscam fazer o que lhe foi destinado, no seu tempo de vida aqui e o fazem. E a gente que fica tende a especulações: e se... , poderia...
Se na visão da gente a morte é o fim, tudo acabou então o partir dessa vida deve mesmo ser encarado com tristeza, mas se ao contrário vemos a partida dessa vida como um novo nascimento ou renascimento num outro tipo de vida, nossos entes queridos, principalmente os que deixaram marcas no seu passar por essa vida visível para nós, não estão mortos; são os nossos vivos em espírito.
Aqui estamos para homenagear uma viva em espírito:Auristela Sá.Na sua passagem por essa vida que nós hoje vivemos deixou sua marca no que talentosamente fazia e gostava de fazer, comprometeu-se com a realidade do seu tempo como ativista através da sua arte e do seu viver. Que daí onde você está agora, juntando-se aos nossos bakulu, possa continuar o seu fazer e emitir sopros de luz para nós que aqui continuamos. Receba a nossa alegria saudosa e... Até um dia.

Makota Valdina Pinto.


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