A quem interessar possa, e particularmente ao Sr. Samuel Celestino, porque eu estou cansado de ouvir esse discurso repetido, aparentemente orquestrado (e arrisco-me a dizer, irresponsável), daquelas pessoas que insistem em minimizar – e até desprezar – , as ações da Secretaria de Cultura quando da gestão de Márcio Meirelles.
Muitos dos meus amigos facebokianos me conhecem como artista, um dia integrante da Confraria da Bazófia, e hoje atuando no Encontro de Compositores, além de produtor do De 2 em 2 – Para Intérpretes a Afins.
O que muitos não sabem, diz respeito a minha atuação na Fundação Cultural do Estado da Bahia, como assessor na Coordenação de Música. Para lá fui convidado pelo ex-Secretário de Cultura Márcio Meirelles, a fim de desenvolver, junto com Gilberto Monte (ex-diretor de música) e Gisele Marchiori Nussbaumer (ex-diretora geral), um projeto direcionado às nossas filarmônicas.
Para economizar discurso quero informar a todos os leitores que, após os estudos e definições do projeto (que virou programa, por envolver múltiplas ações), a Fundação Cultural do Estado da Bahia credenciou 87 filarmônicas para recebimento de recursos financeiros para aquisição de instrumentos musicais, fardamento, acessórios para instrumentos musicais e consertos de instrumentos, além de recursos para aquisição de equipamentos de informática.
Para dar conta das demandas reprimidas identificadas durante a etapa de cadastramento foi destinado o apoio financeiro no montante de $2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil reais). Cada filarmônica recebeu entre R$26.000,00 (vinte e seis mil reais) e R$32.000,00 (trinta e dois mil reais).
De posse desses recursos, as 87 filarmônicas credenciadas, localizadas em 26 Territórios de Identidade do Estado adquiriram 1262 novos instrumentos, 69 fardamentos completos, 6051 acessórios para instrumentos musicais e consertaram ou reformaram 550 instrumentos.
Só pra se ter uma idéia mais precisa, estes recursos impactaram diretamente 74 escolas de música que abrigam e ensinam gratuitamente a 4.220 alunos, além dos 2.440 músicos integrantes das bandas.
Além disso, em parceria com o SEBRAE, a FUNCEB realizou um curso de gestão e empreendedorismo tendo como participantes os representantes das filarmônicas credenciadas, criou um Catálogo das Filarmônicas, que dentro em breve será distribuído e está em fase de planejamento o desenvolvimento do Portal das Filarmônicas, um canal na internet para integrá-las no universo digital, viabilizando uma série de ações positivas.
É isso. Isso são números. Sim..mas não são somente números. E eu peço a cada um dos leitores que quando estiverem passeando pelos diversos municípios dessa Bahia imensa e ouvirem uma banda tocando na praça, ou virem garotos estudando música em uma casa que tem uma placa onde se lê “Filarmônica…”, lembrem que foi na gestão de Márcio Meirelles que se teve coragem de – de verdade – apoiar as filarmônicas do Estado da Bahia.
Porque o mal desse discurso repetido e infundado que falei lá em cima é o poder que ele tem de fazer a gente acreditar em inverdades e achar que no passado, e especialmente em “outros governos”, as coisas andavam melhores na Cultura Baiana.
Arnaldo Almeida
Cantor/Compositor
Assessor na DIRART/Música – FUNCEB
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