Maragojipe, a cidade baiana da cultura 2011, recebeu o Bando nesse último final de semana.
Percebi a mudança geográfica quando passamos por Cachoeira e comecei a vislumbrar os verdes das matas e os rios que corriam nos córregos.
A chegada em Maragojipe foi num final de tarde. Quanto a mim não sei descrever a sensação que senti quando pisei nessa cidade do recôncavo.
BTO, alunos das oficinas e o prefeito Silvio Ataliba
foto: Jorge Washington
Fomos recebidos, calorasamente, no Centro Cultural Vovó do Mangue pela Secretária da Reparação Racial e da Mulher, Marina Bonfim. Imediatamente, nos separamos para dar início aos trabalhos: as nossas oficinas.Rejane Maya e Telma Souza foram ministrar oficina de teatro no município de São Roque.
A oficina de dança, ministrada por Zebrinha e com as monitoras, Elane e Jamile aconteceu na Casa da Cultura. Ele tinha um harém composto também por meninos, porque Ridson, Fábio, Nine e também Brás tocavam para que todos dançassem.
Jarbas, com sua oficina de música para cena foi assessorado por Sérgio Laurentino.
A oficina de memória e identidade foi ministrada pela atriz e museóloga, Cássia Valle, com as monitoras, Merry e Arlete. Eu e Valdinéia dessa vez ficamos como monitoras de Chica. Essas duas oficinas foram no Centro Cultural Vovó do Mangue.
Quando os alunos foram chegando era uma empolgação só. Muitas fotos, muitas perguntas e muita ansiedade. Também o nosso grupo era só curiosidade. Perguntamos: o por que, do nome Vovó do Mangue? e Ronilda, uma das alunas de teatro, explicou que quando os pescadores vão para o manguezal tem que fazer uma oferenda a Vovó - um charuto, cachaça e pó - para não se perderem ou serem castigados por fazer mal a natureza. Cássia, sabiamente, usou isso na apresentação de sua turma, associando a Vovó a mais velhas dos orixás, Nanã que ajudou Oxalá a criar o mundo e o homem, com a sua lama.
Na oficina de Chica também foram usadas muitas das lendas que lemos para montar o nosso Áfricas e os meninos puderam conhecer, discutir e criar em cima dos textos lidos. Tivemos alunos que vinham de outros municípios próximos só para a oficina. Foi muito enriquecedor !!!
cena da oficina de Chica Carelli
foto: Jorge Washington
A mostra foi um grande show que começou na praça com a oficina de Zebra (até Leno dançou, pois a função dele era filmar tudo!) e continuou na Casa da Cultura com as mostras de teatro e memória. Com os registros de Jorge Washington, Ednaldo e Cell Dantas.
O espetáculo foi no sábado à noite e, pela primeira vez, apresentamos Áfricas em praça pública. Uma mega estrutura foi montada ,graças ao apoio da Petrobras, e a maioria de nós teve que usar microfone para que ninguém perdesse nada do que foi dito. Èrico Brás fez o seu Abdu e no palco era uma eletrização só com sua presença.
O público estimado era de mais de mil pessoas!!
cena de Áfricas
foto: Renata Dias
Soubemos de uma criança de 04 anos que não desgrudou da cadeira encantada com o que via!!!!
O público na praça da Matriz
foto: Renata Dias
Para Jorge Washington, Maragojipe foi show de bola: "tinha um brilho no olhar dos alunos, uma vontade, uma ânsia de contar a sua história. Cabe a nós instigá-los. Os próprios moradores relataram que só se reuniam na praça para conversar e ouvir pagode. Conseguir juntar um público desse para ver teatro é fascinante."
A noite terminou com uma bela homenagem para o Bando feita pela cidade e por um dos seus moradores mais ilustres, o Deputado Luiz Alberto.
A volta para casa foi com uma sensação vitoriosa: a de dever cumprido.
2 comentários:
Pessoal, quanta emoção nesse texto. Me emocionei só de ver aquela praça cheia. De vida, De luz, De teatro, De África
Vida Longa ao Bando
sao luis do maranhao nunca recebeu profissionais tao competentes como o bando,por isso sentimos muita falta de vcs.....bjs para telma e seu ge,re-jane e todossssss ah venham lgo o maranhao e teatro sente falta de vcs,pois o nego é lindooooo!!!
ass: thiago costa sa luis ma
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